quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Quando chove, os verdes e azuis se combatem.
As folhas sofrem as gotas. A àgua sofre a superfície.
Os galhos se debatem contra o invisível.
As flores caem e somem... assim a água penetra.
Alimenta aquilo que se perdeu para resistir.

O que é sofrimento pra mim, ali é ciclo.
Me é terrível e belo.
Mas ali só é.
[azul, verde, dourado]

Quem resiste sou eu.
O galho flui no vento
E a folha, mais forte doque pensei
- textura áspera, espessa -
me sorri melancólica de brisa.

Amanhã acorda-se mais forte.
Forte como sempre pode ser.
(nem mais, nem menos. sem mais, sem menos)


d-.-b The Cinematic Orchestra - To Build a Home

2 comentários:

Dona Zefa disse...

Lady Babel
Rita Lee - Lee Marcucci - Luís Sérgio Carlini
A árvore que se curva contra o vento
Que é mais forte dura mais, muito mais!
Só as folhas que procuram pelo sol
São chamadas normais!
Ah, doce ilusão, doce ilusão...

As raízes que desprezam a luz do dia
Não devem morrer, não!
Essa vida que existe de maneira tão estranha
Só porque você quer!

Hey você! Repare no arranha-céu
Aprende a ver de longe a Lady Babel
Hey você! Repare na sua cabeça
Aprenda a ver que a minha intenção
Não era dizer um monte de mentiras!

Enquanto alguma coisa vai
Sempre outra coisa vem

Dona Zefa disse...

Voltei, li de novo e achei o poema muito fotográfico e/ou cinematográfico. Daria uma supercena de ação. Gostei.